Descanse, ó mente
Descanse, ó mente!
Apazigua-te e tente abrandar,
Talvez em vão, mas, tão somente
Por esta noite o teu pesar.
Quanto tem corroído-lhe o choro...
As lavas de lágrimas que escorrem...
Incapazes de consumir o corpo,
Perturbam-lhe, secam e morrem.
Não deixe que te consuma esta senhora!
A maldita! a tua condição!
Faz que a esqueça,
Embora te acompanhe em tua amarga solidão.
Tempestades! Águas de pranto invadem o teu ser.
Por que não te afogas, ó meu coração,
Já que não podes deixar de sofrer?
Por que não te afogas, triste coração?
Descanse, ó mente, de só meditar
Em tua desdita, de te angustiar:
Em vão será a tua turbação.
Descanse, ó mente; e tu, coração.