Velejo

A tua poesia

é faísca de um fogo

que o sol transformou

em mares desertos,

infeliz retrocesso

que o mar rejeitou

Onde aportarei?

Velejo em teus mares sob

o sol escaldante

mas não encontro tua praia

Ilha bela deserta

beleza incorreta

que segurança te dou?

Abrigo em teus rios

desaguam martírios

a nós transformou

triste amante cansado

de fugir do ilícito

que por de tanto amou

Quando enfim sairás?