Sonhos e Ilusões
Já vai o tempo em
que a expectativa
alimentava a esperança.
E o momento de espera
dá asas à imaginação,
cria um sonho.
E assim o sabor
da espera talvez seja
melhor que a realização.
A realidade devora,
sem piedade,
os puros ideais do coração.
Mas no rosto
não há lugar para lágrimas,
bafeja o vento da maturidade.
O corpo já cria limites
aos ímpetos inquietos
do espírito eloquente.
As muitas teorias
acumulam-se
na memória cansada de aprender.
E de todos os benefícios,
talvez o melhor
seja a sensação de ignorância.
Veio pela exaustão
a humildade de reconhecer-se
por demais pequeno.
O tempo passa despreocupado
com os viventes
e estes ficam pelo caminho.
É terrível conviver
com o reconhecimento
do ínfimo tamanho de si.
E como alguém
tão pequeno poderia
realizar as coisas grandes?
E tais “coisas grandes”
seriam, de fato, grandes?
Ou ilusão da megalomania?
Cansado da tolice de todos,
atira na própria face
a tolice do orgulho ferido.
Reconhecendo a própria estupidez,
recorre à ironia
para auto ferir-se.
O cérebro está lento,
mas o espírito quer pensar,
é um vício quase maldito.
Tanta inquietação guardada
nas frágeis paredes
de um corpo biológico.
A clausura que explode
em frustração
e o riso amargo
que tenta ser sereno.
Já vai o tempo em
que a expectativa
alimentava a esperança.
E o momento de espera
dá asas à imaginação,
cria um sonho.
E assim o sabor
da espera talvez seja
melhor que a realização.
A realidade devora,
sem piedade,
os puros ideais do coração.
Mas no rosto
não há lugar para lágrimas,
bafeja o vento da maturidade.
O corpo já cria limites
aos ímpetos inquietos
do espírito eloquente.
As muitas teorias
acumulam-se
na memória cansada de aprender.
E de todos os benefícios,
talvez o melhor
seja a sensação de ignorância.
Veio pela exaustão
a humildade de reconhecer-se
por demais pequeno.
O tempo passa despreocupado
com os viventes
e estes ficam pelo caminho.
É terrível conviver
com o reconhecimento
do ínfimo tamanho de si.
E como alguém
tão pequeno poderia
realizar as coisas grandes?
E tais “coisas grandes”
seriam, de fato, grandes?
Ou ilusão da megalomania?
Cansado da tolice de todos,
atira na própria face
a tolice do orgulho ferido.
Reconhecendo a própria estupidez,
recorre à ironia
para auto ferir-se.
O cérebro está lento,
mas o espírito quer pensar,
é um vício quase maldito.
Tanta inquietação guardada
nas frágeis paredes
de um corpo biológico.
A clausura que explode
em frustração
e o riso amargo
que tenta ser sereno.