Triste Solidão
A triste certeza da solidão me consome como um verme o faz a um cadáver.
O amor, neste já não creio!
É uma ilusão!
Não mais verei a luz do dia.
Meu coração decrépito se desfaz em meio a essa dor.
Falando do tal amor, esse não é o que parece, não o conheço, mas tanto faz. Encontro-me em uma posição confortável, a única que me coube. Dentro destas quatro paredes nessa escuridão na qual se transformou minha vida, vejo tua face ao me jurar amor eterno.
Podre, meu corpo está podre, sem vida. Conseguis-te o que queria, arrancou-me a vida.
Minha alma vaga sem rumo sobre esta terra na qual te amei.
Aonde quer que eu vá, vejo a ti.
O que houve?
Todos os rostos parecem iguais, e a minha frente, a dor.
Triste solidão!