MInha Vida...
Colhendo as letras que me sobram
faço a cama do meu descanso...
Pois, na tentativa de escrever meus sentimentos,
escaparam de minha caneta os plurais
e minhas rimas ficaram tristes,
sem métricas e sem sinais.
Na solidão das veredas poéticas,
eu me perdi entre tantos parágrafos...
E entre tantas frases, tantos pontos e vírgulas,
sem aquela presença, fui apenas uma a mais.
Uma personagem poeta, uma colombina sorridente,
sozinha em mais um, de tantos carnavais.
Nas minhas inférteis entrelinhas,
plantei amor e colhi apenas os meus fracassos.
E sem sentido algum encontrado,
aqui jaz a minha vida,
escrita numa poesia triste, de solitários traços.