Meu choro

Meu pai, de mulher você me ensinou tantas coisas

A fugir daquela linda moçoila

Que ficava parada nas esquina

Me ensinou que corpo não se viola

Que de tanta proteção

em crescimento tive

mas omitiu a maior

e não detive

a da corrupta pena

que feriu o meu coração

Meu Pai tenho uma queixa singela

Ela secou as lágrimas da tua ausência

Que mulher amavelmente hedionda

Como pode transferir minha mente pra ela

Como pode me ausentar de seu porto e suas ondas

E fazer-me sentir alegria de novo

Sinto em meus sentimentos, renovo

De tanto amor que não quis pra mim

Prefiria ficar horas desatino

Esquecer do eco, cardiopata

Continuar durmindo de terno e gravata

Realizar aqueles exames esquecidos do coração

A tí prometo que não volverei uma pena

Deixá-la-ei tão logo que conseguir a bravata

De negar que sinto amor incontido

Pois ela achou que sou intrometido

Mas apenas quis ter acesso ao mar

Pai tenho saudade de por ti chorar