Dor
Dor
Aquelas paredes rachadas
A escada que leva ao sóton
A cortina roída pelas traças
Quantas lembranças
Quantas lágrimas
Caminha pelo assoalho velho, sem brilho
Ouve o barulho de seus próprios passos
O ranger de sua vida.
O vidro da janela , totalmente opaco
Impede a visão do além porta
Sente medo.
Arrisca uma espiada para o campo
Vê apenas imagens mentais
De um passado que há muito se foi...
Ouve o som das risadas altas
Ela , presente em suas lembranças
Depois, a doença e a morte
A Lua já alta no céu
Ilumina o túmulo, da amada
Não tem mais forças pra continuar
Verifica a corda presa à viga
Pula da cadeira.