Silenciosos dias

Canto escuro

Do quarto

Tomado pela sombra

Deserta da noite.

A alma deitada

Na cama

Coberta com o véu

Sujo do desprezo.

Coruja não canta

Manha não

Apresenta-se

Nada se move.

Entre quatro paredes

E um teto

De melancolia

Dorme o silencio

A coruja

O mundo e o tempo.