Insônia
Vaguei pelo corredor escuro,
Escuro, frio e calmamente vazio,
Encardi minhas belas meias brancas
Contando curtos passos noturnos.
Engoli café pobre no barro,
Zumbizando em ziguezague bronco
Balancei até chegar à poltrona,
Poltrona amiga de minha dona,
Lá jogado, sem dormi e cansado,
Exausto com olhos estalados,
Sem sono mais muito esgotado,
Poetizei meu olhar fundo de morto,
Mal tratado e com as pernas tortas,
Sem desgosto mais bem machucado.