O abraço, antídoto para a solidão
Quando a solidão chega, não pergunta se pode entrar, simplesmente entra e fica.
Aí são noites infindas e vazias, dias áridos, sem graça.
Pessoas passam por nós sem que nos notem e nós, sem forças, tentamos nos fazer enxergar. Tolice...
O som do silêncio preenche os espaços e o horrível grito do nada inunda nossas mentes.
Lembranças dos dias alegres se esvaem frente a nós e são nada em segundos.
Nossos corações que outrora bateram tão forte, agora são fracos.
Os sabores se tornam insossos.
Não há cores, só o "black" reina soberano, não há perfume, só dores...
Os bosques que antes floresciam, murcham e secam-se.
Os Pássaros? Eles já não cantam.
A Música? Não mais ecoa no ar.
Ficamos estáticos, sem um ponto de partida ou de chegada, sem saber aonde ir, nem para onde voltar...
Mas eis que Deus, o Pai, olha para todo nosso desalinho e chama-nos à vida novamente. E do ponto onde repousa a luz, o mundo volta a brilhar sobre nós, de um estrondo interior o som volta a se fazer ouvir, com um mágico e divinal perfume percebemos os cheiros e então os gostos, e novamente sentimos e enxergamos.
É o amor: o amor divino, o amor sublime, o amor amigo, o amor fraterno, o desejo de amar. Esta engrenagem que move a vida e pode ser acionada com o calor de um abraço sincero. Estamos enfim, prontos para um um novo dia, para próximo instante.
Um abraço, forte e fluído de novos "insights' resplandece e desponta dentro de nós, mas só quem já viveu a dor da solidão é capaz de compreender a força magnífica de um abraço repleto de amor...
Vivas à vida!
Vivas ao abraço!
Vivas ao amor!