Mortificata

Parecia arruinado...

um cadaver novamente morto,

na indecisão de sua continuidade,

observava a tristeza dos dias,

como pétalas

de uma flor que não abre.

Temia o amor como loucura,

uma chama acesa na pira dos tempos.

Sentimentos podres exalavam

um mau cheiro inesgotável,

como se o peito

carregasse toda a culpa e todo pecado.

Trazia nas mãos uma marca discreta

de uma vida que definhava,

incrustada e inteligível.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 03/08/2009
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