Mortificata
Parecia arruinado...
um cadaver novamente morto,
na indecisão de sua continuidade,
observava a tristeza dos dias,
como pétalas
de uma flor que não abre.
Temia o amor como loucura,
uma chama acesa na pira dos tempos.
Sentimentos podres exalavam
um mau cheiro inesgotável,
como se o peito
carregasse toda a culpa e todo pecado.
Trazia nas mãos uma marca discreta
de uma vida que definhava,
incrustada e inteligível.