NOITES
A noite é minha
Aliás, são...
Todas elas
Sem distinção!
Repletas de silencio
De fantasmas inexistentes
De trevas vindas das lâmpadas acesas
De brilhos que teimo em esconder...
Do silencio nas conversas com amigos
Que nem imaginam como está meu eu!
Dos olhos chorosos de meu animal de estimação
Que aos meus pés aguarda por um pouco de atenção!
Do teto que me protege da chuva
Das paredes que me enclausuram
A mesa farta que não me satisfaz
Do bem estar que muitos almejam
E que, pra eu, nenhuma diferença faz!
O gritante silencio noturno
Enche minha alma de lamento, murmúrios
Que eu nem imagino de onde vêm
Ou até mesmo porque se fazem presentes!
É como um ser monstruoso
Que mora em meu coração
E que quer romper o espaço
Que faz de minhas noites, eterna solidão!
Santo André, 30.07.09 – 2h40m