ESTRANHA SOLIDÃO
A vagar dentro da noite
Uma estranha solidão
Rebelde sem causa
Sem negociação
Na masmorra das brumas
A lua trancou
A dor do poeta
Sequer a incomodou
Verte pelas paredes
Um silêncio que inunda
E na simetria das formas
Minh´alma quase se afunda
Da janela sem lua
Em estranho negrume
Solitário e sem rumo
Cruza um vagalume
Pela rua deserta
Do vento ao açoite
Só um cano de escape
Quebra o travo da noite