Rosas Cinzas
Sabe aqueles dias em que o relógio fica morto,
A hora quase para e a agonia acelera;
O Sol parece não aquecer...
A noite vem mais cedo para adiantar o desespero;
A Lua ficou nova, me impedindo de a ver...
Inflamando o meu desejo nessa velha situação de não poder estar com
você.
São aqueles dias em que o poeta fica sem inspiração...
Faltam palavras, faltam letras, falta ela;
O labirinto é sem saída e o abraço vem do chão.
São as horas em que as Rosas ficam cinzas e os espinhos se
avermelham
Infeliz momento em que a mão agarra o sofrimento;
Mas a angústia está no peito e nada parece ter jeito.
É o chão se abrindo e o firmamento desabando;
É a arma apontada para o crânio...
E o dedo sem força nem coragem para apertar o gatilho;
É o coração penando de amor,
São os lábios sedentos de beijos,
É o rosto carente de carícias...
É o corpo ardendo de desejo.
É tudo isso multiplicado ao nada do que está aqui...
Dias em que puro e simplesmente a saudade domina o coração.
E os sentidos não respondem às súplicas da vida.
Maximiniano J. M. da Silva - domingo, 05 de Abril de 2009