LABIRINTOS

Me faço de mudo
Às vezes de surdo
Não presto atenção
Não quero feridas
Mulheres queridas
Do meu coração.

Brigas não escuta
Só ouço o gato
Não guardo o sapato
A meia penduro
Num canto escuro
De um travessão.

Na hora do amor
De tudo eu esqueço
Apenas me deixo
Tomar de afeição
Poço de ternura
É o meu coração.

Saio de mansinho
Não tranco a porta
Vou dar uma volta
Pois sei que mereço
Pagar pelo preço
De tanta solidão.

Quem diz que o amor
É somente ternura
Sem qualquer amargura
Diz coisas em vão.
Há incertos caminhos
Dentro de um coração.
Agamenon Almeida
Enviado por Agamenon Almeida em 26/07/2009
Código do texto: T1720268
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