Caminhos na solidão
Ando aqui perdida no tempo
Perdida na minha identidade
Amo a vida e tudo o que ela me dá
Mas não consigo preencher este vazio
Muitos chamam de solidão e tristeza
Eu a chamo de minha fiel companheira
Escuto seus lamentos no vento apressado
Quando a chuva cai silenciosa na madrugada
Olho para o meu quarto e vejo as sombras
Que agitam a minha alma sozinha, triste
Converso com o tempo e ele não responde
Escuto a cotovia cantar no amanhecer
Abro as janelas do meu quarto todas em par
Sinto o frio gelar minha face e meu corpo
È bom sinal, pois eu estou, sobrevivendo
Vejo as montanhas vestirem o dia
E minha alma continua sozinha
Quero rasgar minha dor para o mundo
Gritar toda a revolta que sente o meu Ser
Mas que adianta se estou sozinha
Nesta caminhada que tenho por fazer…