VAZIO

Ó céu vazio onde a lua não faz presença!

Tão vazio como estes meus longos braços,

Tão triste igual a minha sentença,

Tão grande que não se mede traços.

Os traços contínuos de uma vida vazia

Onde a beleza já não faz presença,

Nem nesta singela e humilde poesia

Onde foge a inspiração e a crença.

Tudo vazio cheirando a solidão.

Murchos desencantos despreendidos,

Como se um comprido cordão

Atasse ao céu os arrependidos.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 22/07/2009
Código do texto: T1713961