ESPAÇOS

Os espaços que tenho são riquezas

Fruto do divino fruto da vida

Obviedade ardida da eterna ferida

Os espaços que sobram

São ecos que se perdem na escuridão

Gritos de sonhos que não tive

Pesadelos que me assombram invisíveis

Os espaços que assustam

São aqueles dos amores impossíveis

Sou composto de espaços

Muitos vazios

Outros repletos e sombrios

Os espaços onde vivo

São marquises que trincam

Meio-fio perigoso que convida

E da felicidade duvida

Os espaços que moram em mim

São imensidões desérticas...

E sem fim!

luis lopes
Enviado por luis lopes em 17/07/2009
Código do texto: T1703925
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