Sombras da solidão

Andar por aí sem destino,

caminhando sempre devagar,

sonhar como sonha um menino,

que aguarda sua hora de brincar.

Lá vai aquele aposentado,

gastando o tempo tão só,

hora de ir logo ao mercado,

antes que arda a luz do sol.

À tardinha como sempre faz,

vai ao encontro dos amigos,

comentam casos lá de traz,

lembram fatos bem antigos.

Chega a noite enluarada,

sua rotina é igual novela,

vem chegando a madrugada,

hora do chá com canela.

Momento em que ele pensa,

no amanhã que virá nascer,

sombras de dúvida intensa,

quanto ainda poderá viver.

Harock
Enviado por Harock em 14/07/2009
Reeditado em 06/06/2020
Código do texto: T1699880
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