A elegia
Pulsam-me os nervos
Em uma batida coorte de sentimentos.
Há um vazio mísero que consome
e some a tudo isso,
a necessidade de viver em solidão.
Um passo alastrado,
um poema épico sobre amor
Ao som da queda do oceano entre as rochas.
Vejo-me beija-flor
e, com as asas que sou, – ainda que sendo da minha natureza –
as pétalas me são distantes,
como não consoante o cheiro da dor.
Entre o vento de água e a chama do coração,
A terra entreabre-se frente a mim;
Há um abismo que me chama.
Há uma chama.
Voaram-se as pétalas, os sonhos, os sentimentos.
Pulsam-me os nervos.
Não me sinto:
Sinto a solidão.