Meu olhar desconfiado
Alguns me chamam de amor;
Outros dizem: és vida!
Em nada amenizam a dor;
Sou constante despedida!
Invadi sonhos de poeta;
Fiz versos de meu eu;
Sonhei um dia ser profeta,
Isso foi quem mais doeu...
Já tive a glória de amar,
Mas me doeu ter que esquecer;
Doei minhas dores para o mar
E veio o Sol pra me aquecer...
Hoje, sou inverso de alegria;
Ser humano desvairado;
Sou a tristeza da poesia;
Meu olhar... desconfiado!