em lugar nenhum
tem feito frio. E chove. Toda noite. para estancar o silêncio ou o grito.
o silêncio por vezes tem teu nome, em outras se chama medo. e sempre fica a doer.
e fico olhando pelas janelas e muros. a noite toda de vermelho e névoa. sem estrelas, redenção. como algo infinitamente maior e vazio. tenho os olhos pesados e um sono tão antigo quanto as horas. por todas as vezes em que aprendi a morrer. em vão ou não. por quando aprendi a cair. o desconforto que há quando as mãos se tocam e a distância existe. infinitos caminhos se fazem e as ausências os percorrem. sinais a mostrar delírios e espaços. como a chuva a me fazer dormir.