CREPÚSCULO
O sol custa a aparecer
Não vem o raiar do dia
Só incita a crescer
Minha triste agonia
A noite cobre o céu
Com seu manto escuro
E jaz num mausoléu
Não há lugar seguro
A noite é cheia de mistério
Instigante e profundo
Solitária, sem critério
Triste fim de um moribundo
Passam as horas, lentamente
E tudo o que se vê é breu
Desafia-me, insolente
Priva-me do que é meu
Devagar, em câmara lenta
Cenas de um filme que não assisti
Sinto-me agora sonolenta
Esperar pela aurora, não resisti
Vencida pelo cansaço
O sono agora me alucina
Envolve-me num abraço
Essa é a minha sina
Adormeço em meu leito
Caio nos braços de Morpheu
Sossego este meu peito
No afã de encostar no teu