CREPÚSCULO

O sol custa a aparecer

Não vem o raiar do dia

Só incita a crescer

Minha triste agonia

A noite cobre o céu

Com seu manto escuro

E jaz num mausoléu

Não há lugar seguro

A noite é cheia de mistério

Instigante e profundo

Solitária, sem critério

Triste fim de um moribundo

Passam as horas, lentamente

E tudo o que se vê é breu

Desafia-me, insolente

Priva-me do que é meu

Devagar, em câmara lenta

Cenas de um filme que não assisti

Sinto-me agora sonolenta

Esperar pela aurora, não resisti

Vencida pelo cansaço

O sono agora me alucina

Envolve-me num abraço

Essa é a minha sina

Adormeço em meu leito

Caio nos braços de Morpheu

Sossego este meu peito

No afã de encostar no teu

Patrícia Rech
Enviado por Patrícia Rech em 25/06/2009
Reeditado em 25/06/2009
Código do texto: T1666604
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