Fim da Estrada

O som da harpa

Ao longe faz-se ouvir.

A estrada é longa e barrenta

E o Sol, não consegue aquecer

aquele chão sem flores.

Cipós entrelaçados no alto

aninham outras vidas.

As pedras do caminho

não mais servem para descansar.

O corpo pesado, mal se arrasta

E,em pensamentos silenciosos,

Confessa os próprios erros, a própria culpa.

A saída é encontrar-se com o barqueiro.

Não aquele que toca músicas celestiais

mas sim aquele que, lentamente, toca

A sonata nº 2 de Chopin.

Denize Nelli
Enviado por Denize Nelli em 22/06/2009
Reeditado em 01/04/2013
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