Fim da Estrada
O som da harpa
Ao longe faz-se ouvir.
A estrada é longa e barrenta
E o Sol, não consegue aquecer
aquele chão sem flores.
Cipós entrelaçados no alto
aninham outras vidas.
As pedras do caminho
não mais servem para descansar.
O corpo pesado, mal se arrasta
E,em pensamentos silenciosos,
Confessa os próprios erros, a própria culpa.
A saída é encontrar-se com o barqueiro.
Não aquele que toca músicas celestiais
mas sim aquele que, lentamente, toca
A sonata nº 2 de Chopin.