Só Solidão
Nuvens espessas unem-se
Enegrecendo corações solitários
que vagueiam por estradas desertas
de desesperanças sem fim.
O ópio enebria a mente fraca
e o horizonte morre em meio a escuridão.
Sombras transformadas em trevas
tomam conta do vazio
Sem eco ou vibração.
O perfume doce não mais existe
O quarto transformado em túmulo
Silencia a voz, o pensamento...
O caminhar ao desconhecido
Leva ao desespero e a dor,
consome a alma...
No galho da velha árvore
Apenas vê, através da janela, o corvo
Lembrando Lenora, de Poe,
e o som que escuta:
"Nunca mais"