Só Solidão

Nuvens espessas unem-se

Enegrecendo corações solitários

que vagueiam por estradas desertas

de desesperanças sem fim.

O ópio enebria a mente fraca

e o horizonte morre em meio a escuridão.

Sombras transformadas em trevas

tomam conta do vazio

Sem eco ou vibração.

O perfume doce não mais existe

O quarto transformado em túmulo

Silencia a voz, o pensamento...

O caminhar ao desconhecido

Leva ao desespero e a dor,

consome a alma...

No galho da velha árvore

Apenas vê, através da janela, o corvo

Lembrando Lenora, de Poe,

e o som que escuta:

"Nunca mais"

Denize Nelli
Enviado por Denize Nelli em 22/06/2009
Reeditado em 22/06/2009
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