APARÊNCIAS



O que você chama de amor, hoje posso ver,
É tão somente afeição, curiosidade, talvez apego.
E os teus desejos; é instinto, eu cansei de saber,
E acima de tudo aparências, e disto eu tenho medo.

Afagos longos, carinhos sábios, carícias lentas,
Encanto e encantamento, com perfumes sutis me têm,
Eu te pergunto o que há de sincero por trás deste véu,
Quando o beijo acabado e a realidade em aspirais vem?.

Espiar-lhe a alma, lhe conhecer, tão somente acreditar,
Que é verdadeiro o que você chama de amor, de tua paixão,
Quisera não ler nas entrelinhas do teu olhar; olha-me sem me veres,
Poder de verdade confiar, e tão somente escutar o meu coração.

SALVADOR. 10/06/09.
DOCE VAL.