MÁSCARAS CALMAS
Máscaras calmas,
aguçadas paradas,
no meio das estradas
carregam o fardo
nos ombros do passado.
Calmas máscaras,
falando espantadas,
rolam despencadas
nos cantos das estradas,
suportam seu passado.
Fogem do presente,
não se retratam nos espelhos,
foram esquecidas,
são restos de passado
que não se encontram na vida.
Julho de 1977.