Você é o meu sono, o meu pesadelo!
Quando a noite pavorosa assim adormece,
Trás consigo um calafrio repleto de dor.
Vem latejando e assim me entorpece.
Nesse corpo pedinte, impregnado de suor...
Rudes lágrimas que teimam em não fluir,
Nos pensamentos corroídos e insensatos
Coração palpitante, paredes gélidas a diluir.
Passos circulares, ouvidos calados, inatos...
Vejo imagens, miragens, bobagens...
Um grande fiasco da fera aqui ferida.
Ah! Quem me dera ter tal coragem!;
Desta mente ansiada! Decisão nunca tida.
Os olhos cansados aos poucos se fecham,
Semi-cerados pestanejam em insistência,
Os músculos retesados enfim se relaxam...
Sonos em pesadelos, um viver de clemência...