NOTURNO

Desperto do sono,

que cala segredos,

que desfaz meu medos,

que a dor leva embora.

Desperto e não gosto,

pois voltam temores,

antigos terrores,

que na noite afloram.

Desperto dos sonhos,

tão doces, risonhos,

acordo na dor.

Quisera que o sono,

hábil companheiro,

amigo faceiro,

ficasse comigo.

Mas desperta,

me encontro,

e choro baixinho,

um pranto sozinho,

sem pressa, e sem fim.

Manhã venha agora,

clareie meu pranto,

e a luz de acalanto,

traz logo pra mim!

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 07/06/2009
Código do texto: T1635925
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