(Entre o céu e o açude velho texto dois)
Quantas cabeças já o pensaram oh açude
destes devaneios irmãos
esse não saber amar inútil e profundo
tenho o teu cheiro paisagem mãe de água aluada
talhada de barcos e pescas
na memória rede de lirismos na dimensão lunar
a tua origem está em meu peito
correndo pela manhã a palmeira imperial
faz guerra age com violência deve estar amando real ofusco
o ser e o seu oposto das imagens
sombras movimento sombras
a grande estátua pichada na ilusão corrói as praças
onde não existem espelhos para as auto imagens
em qual mundo é o mais importante dos mundos não sei
talvez cavalos de força correndo pelo acaso
a essência da loucura
mascaras de danças rítmica do desfrute do horizonte
tambores soando saltam
por causa e correm
do tempo saltam
antepassado correm
linhas paralelas e saltam
que não se encontram e saltam
e correm
durante as tempestades
o vento vocifera veneno harpa de palavras
no cortejo de sátiros e vadios
oh açude
suas águas são poemas na tragédia da vida.