Centralização
Caminho solitário na rua...
A noite não deixa ninguém
Relâmpagos brilham num céu escuro
Anunciando uma vinda improvisada
A poeira do solo úmido cobre os meus pés
Já não me sinto firme no chão.
Folhas rebatem fulgorosas
Palmas de um espetáculo vazio!
A poesia já não encanta mais
Os versos já perderam o sentido
As matérias de jornal não me dizem nada
E nem as últimas fofocas dos artistas!
E me torno a pensar...
O que devo fazer?
O que devo pensar?
O que devo prover?
Perguntas tão solitárias
Como este solitário caminhante
Subindo a ladeira da misericórdia...