Centralização

Caminho solitário na rua...

A noite não deixa ninguém

Relâmpagos brilham num céu escuro

Anunciando uma vinda improvisada

A poeira do solo úmido cobre os meus pés

Já não me sinto firme no chão.

Folhas rebatem fulgorosas

Palmas de um espetáculo vazio!

A poesia já não encanta mais

Os versos já perderam o sentido

As matérias de jornal não me dizem nada

E nem as últimas fofocas dos artistas!

E me torno a pensar...

O que devo fazer?

O que devo pensar?

O que devo prover?

Perguntas tão solitárias

Como este solitário caminhante

Subindo a ladeira da misericórdia...

Eduardo Oliveira
Enviado por Eduardo Oliveira em 04/06/2009
Reeditado em 05/06/2009
Código do texto: T1631983
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