FLORES MORTAS
FLORES MORTAS
Pendurei minha vida num cabide plástico
Em movimentos mecânicos
Como num corredor da morte
Fiz de mim um ser estático
Da janela avistava a vida
Triste vista sem cor
Um sorriso morto era minha agonia
Percebi que minha alma já fria
Dentro de um cômodo jazia
Virei manequim de vitrine
Fantoche de algumas mãos
Um espantalho queimando fácil
Feito palha
De minha boca nem beijos e nem gritos pálidos
Somente o sal da lagrima
E murmúrios cálidos!