AS DESVENTURAS DE UM AMOR.
Quanta lágrima de dor inunda-me a face num pranto quente
Quanto suspiro ali ressona, quantos ais febris abundam.
São lamentos da alma que vê seu amor se despedaçando, efêmero,
Como flores jogadas no mar, que se não voltam a areia, afundam.
Os lábios tremem, num leito a se derramar a luz deste amor saudoso,
Á solitária oração pedindo aos céus socorro, enquanto a noite desce,
Divaga, cadê a vida, as alegrias, o colo do amor, doçura que desmaia desejos?,
Dos sonhos, do teu olhar que embriagava meu ser, coisa que não se esquece.
Prantos do coração, como o manto da noite a me envolver, solidão.
Banhado o travesseiro, sorvendo os goles da agonia na taça escura,
Esgotara todas as promessas, entre delírios e pálida cambaleio,
Esperando poder apagar as lembranças deste amor que só trouxe desventura.
SALVADOR. 01/05/2009.
DOCE VAL.