Sombras da Noite
Pontos vagos se ampararam ao longe
No inquieto de suas vidas pulando
De um galho para outro
Como o beijo deste pássaro
Faz-se noite, fazem-se sonhos
Às algozes horas que se findam,
Que morrem e iniciam
O tic-tac aflito padecia
E machucava aos seus observadores,
Sombras... pulavam ao passo
Que sofriam pela belíssima vida que
Ancoravam lhes a vista tida
Por um todo
arrastavam-se no vago minuto
que corria e junto a tanto
chamava os coiotes da cidade
a juntar-nos para a ceia da tristeza
com os grupos vis de lágrimas que corriam
Sofríamos...
Como em leito de morte
A tristeza da falta de um par
Minha amarga amiga lágrima
Aveludava minha face
Acompanhava-me e meu doce patrão da vida
Me olhava do céu
Pronto a trazer a felicidade
Que não esperava receber
Porque sobre meus olhos via os sonhos
Surgiam como mágica
E sem vista presenciava feliz o som triste.
Ah! Em baixo do meu prédio via casais felizes
E corriam-me pela face lágrimas algozes
Levavam me a elevar minha cabeça rumo ao horizonte
E nele avistava os solitários companheiros da penumbra
Sufocava-me em minhas constelações de pensamentos
E ao delírio que via,
Revolvia minha alva descida para o térreo
Tormentos me passavam as lembranças de minha confusão
E como uma bêbada ao encalce do playground desci
Em minha corrida de um lado ao outros
Apenas sentia o aroma de seu perfume
Na mente entreguei-me ao delírio,
Novamente...
As lágrimas
Em MEU instante apenas,
Cai sentada ao chão
Sem perceber que havia debatido com meu sonho
Ambos sentados ao chão de costas
Percebemo-nos às nossas surpresas
Em minha confusão de palavras
Murmurei letras que diluíram ao ar (seu nome)
Percebeu...
Sim,
Tão tarde conseguiu
Tão cedo o ouvi ao murmúrio
E surpresa ali fiquei,
Pálida, ao ver a explosão súbita
Do desenho das letras em minha direção
Lançadas ao vento.
Sentada ali ouvi minha sina
A vida uma peça tão sofrida.
Havia por seus lábios profanado meu nome
Como também de igual modo
Eu mesma o havia feito
Viramo-nos ao exagero da bomba
De nossos corações
E ao acaso nossas bocas se deram ao encontro,
Beijamo-nos,
Sabe
As estrelas sorriram,
E os olhos não se contiveram,
Lacraram-se
E morremos para nós mesmos,
Eu vivia para ele
Ele vivia para mim.
Eu vivia na lua e ele
Ele me beijava nas estrelas,
Todas suas...
Ass: Danielle Rodrigues Guimarães