EU CANTO

Clara da Costa

O verso pára,

perdido em folhas brancas,

vazias e amareladas,

num canto do coração.

Tiro-os para a vida,

remexo nas feridas,

sufoco os ais,

olho para o alto.

Eu canto,

no silêncio de palavras,

um canto de amor à vida,

que ainda palpita.

Eu canto,

no silêncio das noites,

para um coração que não cansa,

que luta e, não desiste de ser feliz.

Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 31/05/2009
Código do texto: T1624134