Janelas da alucinação
Ouço passos lentos, desordenados
Como palavras sujas
Num papel amassado.
Sento ao pé da janela entreaberta
E vejo pássaros dançando
Sempre a mesma música.
Logo se perdem nas nuvens
Da minha alucinação
E mesmo sentindo o vento no rosto
O calor dessa manhã solitária
Ainda embaça meus olhos.
Cansados de olhar para o alto
E não enxergar mais nada...
Fecho todas as portas
E durmo acordada, pronta pra ver
Qualquer delírio que entre
Da janela fechada.