LEVANTE A CABEÇA
Quando quero escrever...
Acordo cansado e vazio
Já me vejo teto baixo
Com a cama e o travesseiro nas costas
Quando penso no que gosto? Perto!
Longe tudo fica; no bojo da minha fala
Aproximo-te; distante sei que ainda estais
De braços cruzados, em uma das mãos tecnologia
Quando vejo você mercantilista ao seu aposento
Olhos seus nos meus olhos, vendo outra coisa
Na mente que pulsa com oxigênio e palavras
E o que se quer não se paga com moeda
Quando leio creio na leitura
E o concreto é pleno e absoluto
A consciência formata um belo produto
Que tem na liberdade, que é a própria vida
Quando nada queremos...
Acabamos fazendo um caracol em um ponto
Dividimos o sério com a natureza
E a verdade com dois mundos
Quando podemos ficar gente em frente de gente
A luz é quebrada pela massa erguida
Impõe tonalidades computadorizadas
Nas cidades que se partem ao vento
Quando intenciono um caminho
Deixo para trás obstáculos
As pedras serão para que eu suba
E a água, navegação e deslize
MOISÉS CKLEIN.