LEVANTE A CABEÇA

Quando quero escrever...

Acordo cansado e vazio

Já me vejo teto baixo

Com a cama e o travesseiro nas costas

Quando penso no que gosto? Perto!

Longe tudo fica; no bojo da minha fala

Aproximo-te; distante sei que ainda estais

De braços cruzados, em uma das mãos tecnologia

Quando vejo você mercantilista ao seu aposento

Olhos seus nos meus olhos, vendo outra coisa

Na mente que pulsa com oxigênio e palavras

E o que se quer não se paga com moeda

Quando leio creio na leitura

E o concreto é pleno e absoluto

A consciência formata um belo produto

Que tem na liberdade, que é a própria vida

Quando nada queremos...

Acabamos fazendo um caracol em um ponto

Dividimos o sério com a natureza

E a verdade com dois mundos

Quando podemos ficar gente em frente de gente

A luz é quebrada pela massa erguida

Impõe tonalidades computadorizadas

Nas cidades que se partem ao vento

Quando intenciono um caminho

Deixo para trás obstáculos

As pedras serão para que eu suba

E a água, navegação e deslize

MOISÉS CKLEIN.

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 25/05/2009
Código do texto: T1613186
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