O Fantasma
O fantasma
Quando fala a verdade
É porque mente
Na contradição entre
O que certo ou errado
Exalando pecados
Seguindo os próprios medos
Por descobrir novos segredos
Entre dedos perdidos
E sonhos não sonhados
O fantasma da floresta
Ressurge com a faca nos dentes
E o medo de ter medo
Faz com perca o próprio juízo
Em um prato de prata
Comendo cristais
Chorando ouro
E as mãos jogando magias
Aponta a razão para o próprio peito
Solitário, triste, mais poderoso
O fantasma da floresta
Ressurge entre e folhas e frutos
De uma arvore velha
Com casca e sementes
Sorrindo com a luz que entre sombras aparece
É dura sina do solitário fantasma que se chama
Apenas solidão!