*Solidão - Tânia Ailene***
SOLIDÃO
TÂNIA AILENE
Solidão da noite
breu com ruas a vagar
horas que passam com a velocidade da luz.
Só para ver
meu coração parece vaso quebrado
pedaços não colados
remendos sem encaixe...
Palavra que fere,
dor que urge no rosto
marcas que não se vê...
Ninguém teve a pureza que me fez
Ter ilusão do desconhecido.
Nomes que acompanham
ferem ao meu ver sentimentos que guardo
na chaga aberta no meu peito ferido.
Espanto de nem choro ter
desilusão tento viver sem versos
encarando a falta do impossível...
Dormir, comer, andar, rir, chorar,
tudo vago, como faço para prosseguir?
Solidão!
Grande, absorve força sem caminho
gritando na mudança
que a poesia faz lembranças...
Desespero sem sonhos
infelicidade sem construir um amanhã...
Amarrada, com calma sentida
ao lado de milhões de pesar.
Sem ser feliz, sinto solidão!
Tânia Ailene
Narração: Marcos Sérgio T. Lopes
Rio de Janeiro
http://nuapoesia.blogspot.com