Adeus ao Corvo

Como me tornara naquela pessoa sem moral?

Finjo conhecer vossos rostos

Perdido entre siluetas de desespero

Pregado ao chão como um vil selo

Sem olhos para enxergar a verdadeira face sobre vos

Nem proteção para lhe impor guarda de todos os males

Tento me equilibrar para não demonstrar

Cada palavra cheia de arrependimento e mágoa

E braços frios por a muito não abraçar

Caído ao chão sobre o caminho de estranhos

São eles aquelas pessoas que não me importo em notar

Sobre meus ideais eles pisam e sobre vossas almas eu demarco

Salvação já se esvaíra a muitas eras

Quando remotas as terras mais dementes seus parasitas

Destrua-me sistematicamente e finja se importar

Marcos Ses
Enviado por Marcos Ses em 18/05/2009
Código do texto: T1601403