A SOLIDÃO MINHA E DO MAR!!

Vaga-lumes cortam a noite escura iluminando-a e formando um espetáculo a parte na natureza.

As ondas do mar se acalmam, estão tão lentas, que mal dá pra ouvir o barulho das águas batendo na areia, pelas ondas calmas que só fazem este movimento porque não podem fugir. Esse é o destino delas.

A praia está deserta. Ando a passos lentos, vendo as luzes dos vaga-lumes em contraste com a luz da lua, que reina absoluta, porém numa distancia inimaginável.

Paro olho as estrelas, tão lindas e tão distantes e, no entanto elas não perdem o brilho.

Volto a olhar novamente os vaga-lumes que parecem sentir minha solidão a beira mar, e insistem em ficar por ali, mostrando-me sua luz infinitamente menor, se comparada à luz da lua, das estrelas e da imensidão do mar.

Mas, aquela pequenina luz dos vaga-lumes é a única que me ilumina nesta hora e talvez a única que possa sentir de perto minha solidão latente.

Caminho mais um pouco e sento-me na areia branca da praia e passo a observar o mar, aquela imensidão azul, tão solitário como eu nesta hora da noite.

O barulho lento parece me dizer que não estou só, que ele também sente solidão num vai e vem sem fim.

Assim ficamos horas ali, sós, eu e o mar, num diálogo silencioso que só nós

dois sabemos o que sentimos um pelo outro.

Sei que nessa hora, você deve estar olhando o mar, e gostaria que nele visse toda tristeza que eu e ele estamos sentindo, e aí então quem sabe você consiga enxergar o quanto estamos tristes, o mar e eu!

17.05.2009