Você em mim
Nesses frascos tão diminutos
Encarnam-se as pequenas fragrâncias
Enrijecido por palavras nuas e apertadas...
Exala-se dela o sabor eterno do desejo,
Com suas sublimes e sombrias artimanhas.
No ocaso segreda aos deuses os lamentos
E na consternação da solidão ao acaso,
Vão-se as gotas em palavras de acalento
Sobressaindo, arrasando o peito magoado...
O espírito exaurindo em lamúrias
Incorpora-se nos pequenos frascos.
E esse suor impregnando pelos poros...
Nessa disritmia de volição incontida... Inerte!
Persistem as gotas dos secretos frascos
Lineados na aspiração de tê-la... De tê-la...