Sem você

Em mais uma dessas manhãs

Estou só, nesta cama envolta em teias.

O sangue mal pulsando pelas veias

Informa ao cérebro essas noites vãs!

Apalpo inutilmente este espaço tedioso

ficaram aqui apenas as manchas do gozo

daquela que se fez minha turmalina.

As paredes riem só em descaso

De minhas noites de fracasso

De insônias febris matutinas

A brisa entrelaçada nas cortinas

Perde suas forças aos poucos

Ela é testemunha deste sufoco.

O Amanhecer aos poucos aparece,

Troca sua senha com a Noite...

A Noite sussurra: - “Este não tem sorte!”

O Amanhecer responde: - “Ninguém merece!”

Marcos Antony
Enviado por Marcos Antony em 07/05/2009
Reeditado em 22/03/2010
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