Sem você
Em mais uma dessas manhãs
Estou só, nesta cama envolta em teias.
O sangue mal pulsando pelas veias
Informa ao cérebro essas noites vãs!
Apalpo inutilmente este espaço tedioso
ficaram aqui apenas as manchas do gozo
daquela que se fez minha turmalina.
As paredes riem só em descaso
De minhas noites de fracasso
De insônias febris matutinas
A brisa entrelaçada nas cortinas
Perde suas forças aos poucos
Ela é testemunha deste sufoco.
O Amanhecer aos poucos aparece,
Troca sua senha com a Noite...
A Noite sussurra: - “Este não tem sorte!”
O Amanhecer responde: - “Ninguém merece!”