Onde me sento canto
 
Existe um canto,
Onde me sento e canto,
Pedaços de um velho canto,
Que neste canto ecoa,
Seguida de uma lágrima boa.

E este pranto,
Que desce
na face lágrima,
Saltando no rosto, dançando
no ar garoa,
Ao tocar na pedra cachoeira,
Misturada ao solo lama,
Despe-se de mim  me chama uma chama.

E de tanto cantar.
Esvazio-me dos prantos,
Destas histórias em memórias,
Entre suspiros e encantos dum canto.