Perdido no tempo
Nas loucuras das palavras,
Galgados nos desejos
Uma sombra profunda
Emergida nas paredes
Dessas veias; dessas veredas.
A cobrança do presente
Ressentimento tão perto
A busca na vasta escuridão
De liberdade, libertinagem...
Prisioneiro de um passado.
Imaginam-se os instantes
E o tempo perde o ponteiro,
Na deixa de suas madeixas
Esvoaçadas pelos dedos
Tão fugitivos pro futuro.
Aos poucos tudo é silêncio...
Injurio (praguejo) o passado!
Fantasio o futuro.
Rasgo as vestes do presente.
Fecho tudo; encasulo-me!