Cólera
Como viverei sem a podre madrugada de escárnio?
Corpos vagantes na vigília do desespero,
Sobressaltando corpos cadavéricos na cópula carnal
A vida arde nas noites dos poros
Como a própria febre na escuridão sem luar.
No entnato, o que resta aos góticos
São minguas latejantes vagando sub-vidas,
Como um ser humano esfarrapado a viver só do instinto.
A beleza é oposto do prazer, que doente,
Morre após o seu último coito.