Poeta da Meia Noite
Que doce voz soa na escuridão
Tão profunda afunda em trovas e versos
A boca não os fala porque se oculpa com o vinho
Então as mãos cansadas criam poemas desconexos
Porque tão tarde?
O padre já guardou a batina
As donzelas já sonham com seus principes
E até as prostitutas já sairam das esquinas
A vovó já guardou o crochê
O menino já se cansou de perguntar porque
Até a agua corrente já descança na fonte
Só tu fazes poesias depois da meia noite
Assim foram feitos mais de cem poemas
E serão feitos mais de mil
Por uma unica razão
Pensar que nunca ia esquecê-la
E olha, o mundo viu
Tenho um novo coração
A alma se inclina a mercê do amor
Tão profunda afunda em soluços e lágrimas
A noite esculta um grito de dor
Na face alva de tantas paginas
Porque madrugas?
A guerra já cessou a favor do repouso
Chaplin já guardou seu guarda-chuva
Elvis não morreu ,o cientista não é louco
Só tu choras enquanto a vida passa
Tomas o vinho tinto numa taça
Finges que passou a dor
Mas se não passou,há um novo amor
Assim foram feitos mais de cem amores
E serão feitos mais de mil
Por uma unica razão
Tudo morre, até as mais belas flores
Morreu meu amor vil
Nasceu um novo amor no meu coração