Poema ao nada
Procurei nas rimas de cada verso,
o caminho da paz.
Eu queria ouvir o rutilar das estrelas,
ver os olhos tristes daquela menina, por mais uma vez.
Eu queria sentir a liberdade de ser alguém,
de cantar meu poema,
vê-lo subir ao espaço,
seguindo um só traço,
prendendo com algema
aquelas duas estrelas.
Já somos no infinito uma só alma!
Procuro nestas folhas uma maneira,
o caminho da paz.
Quero vestígios, restos de alguém.
Quero transpor o nada.
Quero sentir se algo ainda existe,
pois, eu me perdi, não sou ninguém.