Falso soneto para um amor verdadeiro
Deram-me para beber quando criança
àgua colhida na fonte da solidão
guardo o gosto ainda na lembrança
mataram-me a sede,e uma futura paixão.
A vida tem me sido madrasta
raros são os dias de felicidade
dói em mim, a solidão me maltrata
a tristeza não tem de mim piedade.
Guio-me pela noite fria
mesmo sabendo que a procura é vã
ando bêbado e sozinho até de manhã
reclamando a falta de sua companhia.