Destino
 
Já a manhã clareia.
Mas as sombras, que a encobrem
Tornam difusos os vultos,
a meus olhos deformados
por tanto ter chorado.
Nesta escuridão avara,
em que o sol deixou de entrar,
por não se querer agregar
neste pesar, que me transfigurou
e que ao mundo assombrou.
Segredo escondido em mim,
desde o dia em que te perdi.
E agora retornou
desvairando a minha paz.
Que dores, que pecados meus
continuo a expiar.
Que mal fiz aos céus
para esta cruz carregar.
E, a vida tanto amargar.
Cavalgadas ecoam
no meu caminho da dor.
Vêm trazer-me recados de amor,
desse amor tão enfeitiçado.
Desse amor predestinado
Que na minha história entrou
e no meu livro, a sangue a gravou
Acorrentada vivi
a esse tortura sem fim
que nunca me libertou.
Cativa agrilhoada.
desse caminhar de amargura.
Peregrina nesta aventura
que marcou o meu destino.
E agora sangra em desatino.
Porque choro, amor perdido
porque me desinquieta o destino.
Porque me faz crer
que ainda o sol vem brilhar
neste longo penar
e trazer-me a ventura.
Quando foi amor maldito
porque a minha alma me diz
que tudo foi falso e cruel
que me amarguraram nesse fel
só para me crucificar.
Tta
2009
 
 
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 05/04/2009
Reeditado em 13/04/2009
Código do texto: T1523446
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